quarta-feira, 1 de agosto de 2007

MÁQUINA DE ESCREVER - LEGO

LEGO
[Por que o Lego é o brinquedo mais genial do mundo?].
“O Mundo de Sofia”
“Demócrito concordava com seus antecessores num ponto: as transformações que se podiam observar na natureza não significavam que algo realmente “se transformava”. Ele presumiu, então, que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades mínimas Demócrito deu o nome de átomos.
A palavra “átomo” significa “indivisível”. Para Demócrito era muito importante estabelecer que as unidades constituintes de todas as coisas não podiam ser divididas em unidades ainda menores. Isso porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididos em unidades ainda menores, a natureza acabaria por se diluir totalmente. Como uma sopa que vai ficando cada vez mais rala.
Além disso, as “pedrinhas” constituintes da natureza tinham que ser eternas, pois nada pode surgir do nada. Neste ponto, Demócrito concordava com Parmênides e com os eleatas. Para ele, os átomos eram unidades firmes e sólidas. Só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria explicação para o fato de eles se combinarem para formar de papoulas a oliveiras, do pêlo de um bode ao cabelo humano.
Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos. E precisamente porque suas formas eram tão irregulares é que eles podiam ser combinados para dar origem a corpos os mais diversos. Independentemente, porém, do número de átomos e de sua diversidade, todos eles seriam eternos, imutáveis e indivisíveis.
Se um corpo – por exemplo, de uma árvore ou de um animal – morre e se decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem a outros corpos. Pois se é verdade que os átomos se movimentam no espaço, também é verdade que eles possuem diferentes “ganchos” e “engates” e podem ser novamente reaproveitados na composição de outras coisas que vemos ao nosso redor.
E agora acho que você não tem mais dúvida sobre o que eu queria dizer com as peças de Lego, não é? Elas possuem aproximadamente todas as características que Demócrito descreveu para os átomos.”

O zine Máquina de Escrever – Lego, subtítulo inspirado na obra de Jostein Gaarder criador de “O Mundo de Sofia”. Para o Máquina e para tantos outros zines a idéia que o brinquedo Lego realmente nos passa é de uma construção de algo a partir de outras coisas. Idéias, papel, caneta, cola, tesoura, boa vontade = a ZINE. Os fanzines/zines são as “peças” de lego soltas de um faneditor (editor de zine) expressadas em uma época, apresentando suas vivências, revoltas e emoções. Ao mesmo tempo um zine pode ser visto como uma pronta construção de uma REALIDADE feita com a edição das páginas (peças de Lego soltas) e seu resultado é o zine em sua integridade.
No “Máquina de Escrever – Lego” o assunto central é o resultado da construção social dentro de um sistema. Os seres humanos saem do papel de consumidores do sistema e passam a ser consumidos pelo mesmo sistema. Esta edição inicia com uma sutil pergunta: “Que é o homem se não vítima dele mesmo?” Será que somos responsáveis pelas atitudes do outro? O que nos faz ocupar um espaço e não outro? Por um momento o Máquina tenta responder tal pergunta falando da relação de poder entre os seres humanos medido pela capacidade física/intelectual, mais intelectual. Seria muita pretensão dizer que se não me comporto como tal sistema determina serei visto como louco? Ou os loucos é que são os verdadeiros normais? A verdade é que em nenhum momento poderemos dizer que não estamos precisando do mesmo sistema. No simples ato de pensar fazemos baseado em nossas vivências. Então, “Precisamos aprender a andar de bicicleta”. Na contribuição de Diego Marcus a edição ele faz as seguintes indagações: “Porque quando escolhemos uma roupa nós pensamos no que o outro vai achar?” Bem Diego, suspeito que não exista a tão falada originalidade; o sentido total do “ser único”. Diego: “O que faz a gente querer levar para casa?” Vamos ver... Parece que é por um simples fato: aceitação do outro e de si mesmo. Diego conclui seu questionário com a seguinte pergunta: “Quando se escolhe um zine o quê que chama a atenção? Será que todos são iguais?” Esta prefiro que vocês respondam!
Até a próxima edição,
Rômulo Silva
Faneditor

quinta-feira, 31 de maio de 2007

MáQuInA dE eScReVeR - MUTAÇÃO

Zine Máquina de Escrever - "MUTAÇÃO" # 13 ANO II
Apenas uma NOTA>>>
“MUTAÇÃO”!? Este é o nome da edição do zine MÁQUINA DE ESCREVER. Feito para descobri a necessidade que a humanidade tem em rotular o “belo”. O que é o belo? E em memória de um grande irmão que partiu John Paul. Em sua capa é evidente o tema; trata-se do que chamamos “janela da alma” – OS OLHOS – órgão responsável pela contemplação do belo. Não só de beleza se propôs falar o “máquina”, mas também do inverso; da crítica ao padrão de beleza imposto pelo sistema: “A vida é um concurso de beleza atrás do outro”. A beleza não pode ser contemplada apenas pelos olhos, mas por todo o corpo com toda sua essência. O que mais belo que a integridade? Os olhos denunciam se usamos máscaras. Fala da nossa felicidade, tristeza. O máquina não encontra beleza alguma na “globeleza” dos carnavais, ao contrário faz uma crítica a esse grotesco carnavalesco; evento que promove ainda mais ociosidade nacional, mortes por trânsito e assassinato, exploração sexual de crianças e adolescentes, e muitas outras mazelas sociais; uma “criação a confessar minha condolência a cantiga da carne: carnaval – canibais caricatos!” Enquanto o samba das enfermidades acontece garotos sem perspectivas clama por ATENÇÃO, POR UMA PALAVRA DE CARINHO... Acabamos por muitas vezes “costurando esta triste realidade dando-lhes dinheiro”. E em busca da fórmula do belo continua o máquina, com frases de amor e protestos. Só tenho que encerrar dizendo: “O amor não deve se tornar um segredo!” Caso queiram esta edição ligue-me: 0**85 9938.1225, ok?Abraço!
Rômulo Silva
Editor

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"Quero tecer alguns comentários acerca da edição 'Mutação' do Máquina de escrever. O nome desta edição é simplesmente demais. Heráclito fez a seguinte observação - 'Nada perdura, tudo muda'. A vida traz consigo o elemento mutante, somos seres mutáveis e o nome desta edição sugere exatamente isto - Porque somos seres mutáveis, somos seres inacabados também. Rômulo demonstra ser alguém que consegue perceber a beleza da vida -'A vida é um concurso de beleza atrás do outro' Demais. Afinal o que é a vida? Gosto de afirmar que a vida é uma sucessão de instantes e cabe a nós perceber a beleza de cada instante. A vida não deixa de ser bela até quando perdemos alguém querido. Muito linda a homenagem feita ao querido John Paul. Máquina de escrever trabalha muito bem a tensão - Beleza da vida (através de poesias bem boladas) com a feiúra de um sistema que costura a triste realidade. Dinheiro? Não! CARINHO, ATENÇÃO. Máquina de escrever é uma verdadeira declaração de amor, amor que deve se tornar público e não um segredo. Amor à vida, àquilo que é belo. Eu te amo. E assim que Rômulo encerra esta edição. Uma edição pra lá de apaixonada. D+++++++++++++"
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Resenha crítica feita pelo Sr. Isaias Rodrigues autor do blog "
PAIXÃO PELA LEITURA", lá ele recomenda ótimas leituras e claro com um aperitivo: uma visão particular de cada livro lido e postado.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

MáQuInA dE eScReVeR<2006>

Zine Máquina de Escrever - Primitivo - #10 outubro de 2006
Retrospecção
Pequena Nota>>>

O zine máquina de escrever surgiu a partir da necessidade de proclamar minhas idéias e sentimentos. Usando da metáfora que a poesia exige e da liberdade que a inspiração proporciona. O “máquina” é composto de produção textual e autoral com exceção de algumas contribuições de pessoas que tenho apreço pessoal e literário, como Diego Marcus (amigo e editor do zine “Falando Sozinho”) e Lucivaldo Silva (meu tio e poeta), por exemplo. O primeiro Máquina de Escrever nasceu em janeiro de 2006 com o subtítulo “Retórica” esta 1ª edição convida a nos perguntarmos: “Como estou usando o meu tempo?” No total já foram lançadas 14 edições do máquina com assuntos diferenciados. O zine é composto visualmente por tirinhas ácidas e de cunhos críticos sociais, frases de outros pensadores, figuras recortadas de outras revistas e colocadas no contexto do zine. Seu formato é comparado ao dos cordéis (razão das inúmeras perguntas de pessoas que não conhecem os fanzines: “você faz cordel? Que legal!”). Formato A6, 16 páginas e de tiragem máxima 50 cópias no mês e mínima 10 cópias, dependendo de minhas condições “verbais” (verba, mônei – é assim que se escreve dinheiro em inglês? – grana). Sai mensalmente, tendo atrasado por diversas vezes, motivo; falta de tempo, falta de inspiração, falta de assunto, falta... Falta... E falta! O Porquê de o nome Máquina de Escrever? Embora nunca tenha sido impresso na integra por máquina de escrever, sua intenção antagônica é remeter a época em que existiam apenas máquinas de escrever; tal essência dos fanzines nos últimos quatro decênios. Os objetivos primordiais do blog são duas: usar o meio alternativo da internet como ferramenta de divulgação da arte das pequenas publicações fotocopiadas: OS FANZINES in foco Zine Máquina de Escrever e promover o acontecer da interação entre pessoas que conhecem, que não conhecem, que querem conhecer, que gostam e que produz fanzines.
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Um outro olhar sobre o Zine Máquina de Escrever:
"O idealizador desse zine é outro membro da cena zineira de Fortaleza que, daqui, parece, se fortifica a cada dia. Rômulo produz com freqüência. Em 2006, ao menos, o 'Máquina' saiu e me chegou mensalmente. Super criativo, esse menino escreve poesias de amor, rabisca frases de alerta e faz desenhos cheios de crítica social. Em um deles, uma criança recebe esmola e ele escreve 'esse é apenas um dos quadros; olhe em volta e veja todo o nosso acervo'. Aqui também destaco o número de agosto de 2006, onde ele dá um toque reflexivo e tudo a ver: 'quando se toma uma atitude, o mundo transforma-se num trator (...)"'. Por Aline"Nina Flores"Ebert
Resenhada e publicada em 05/02/2007.






MáQuInA dE eScReVeR


O que é MÁQUINA DE ESCREVER?

É isso>>>


A máquina de escrever é um instrumento mecânico, electromecânico ou eletrônico com teclas que, quando premidas, causam a impressão de caracteres num documento, em geral de papel. O método pelo qual uma máquina de escrever deixa a impressão no papel varia de acordo com o tipo de máquina. Habitualmente é causado pelo impacto de um elemento metálico, com um alto relevo do caráter a imprimir, numa fita com tinta que em contacto com o papel é depositada na sua superfície. No fim do século XX tornou-se rara a utilização de máquinas de escrever na generalidade das empresas e na utilização doméstica, sendo substituídas pelo computador, que, com processadores de texto, possibilitam efetuar o mesmo trabalho de modo mais eficiente e rápido.



E o zine "MÁQUINA DE ESCREVER?

É isso ou não>>>


À risca
por Rômulo Silva)


São coisas erronias, autênticas e críveis, é o singular, o suor noturno, o vidro que se esfarela nas mentes, o sangue que perde seu brilho, cheiro e gosto, o susto esperado, uma lágrima de idoso, ciúmes de mim mesmo, um toque bem leve nos dedos, um abraço apressado, uma vírgula no lugar errado, uma rosa sozinha enfeitando o deserto, um humano - esquelético! - Um sorriso sem graça, um grito calado, uma imagem se desfazendo, um livro não lido, uma corrida em círculos, excesso de informações, uma vontade de amar, um soneto sem rimas, uma caravela perdida em alto mar, um olhar vazio, um ferimento que não cicatriza, janelas fechadas, dormi sozinho por toda vida, uma queda quando se quer esta firme, uma carta sem destinatário, uma vida, uma morte, um sonho, uma realidade, um ponto final.


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Poema feito pensando nos diversos assuntos dos FANZINES. Aqui você poderá ler resenhas de meus próprios zines - MÁQUINA DE ESCREVER- ele sai mensalmente. Caso queira receber uma edição em casa basta me escrever, anota aí o meu telefone pra contato: 0**859938.1225, entrando em contato estarei comunicando meu endereço físico para troca de correspondência. O zine é de graça. Caso queira fazer uma resenha crítica dos "Máquina's" estarei postando aqui, ok? Meu endereço virtual é esse aqui ó: manfredini27@yahoo.com.br Abraço!